terça-feira, 26 de julho de 2011

Os 12 Mitos da Memória - Parte 1

Hoje iniciamos uma nova série de postagens sobre a memória: os mitos da memória. Diariamente, recebo vários e-mails contendo os mitos que listarei nessa série. Desse modo, essa será a oportunidade pra esclarecer algumas dúvidas de muitos de nossos usuários. Hoje, falaremos dos três primeiros mitos envolvendo a memória: a) Suplementos naturais não possuem contra-indicação b) Álcool destrói neurônios c) Neurônios não se regeneram na idade adulta
Mito #1 – Suplementos naturais para a memória não possuem contra-indicação

Em minha adolescência, nos anos 90, existia uma banda chamada Planet Hemp. Liderada pelo rapper Marcelo D2, eles faziam diversas canções que defendiam a descriminalização e liberação da maconha. Uma de suas músicas, chamadas “Legalize já”, possuía o seguinte refrão:

Legalize já, legalize já
Porque uma erva natural não pode te prejudicar

Atualmente, têm surgido diversos argumentos a favor da descriminalização da maconha. No entanto, o argumento acima é extremamente falacioso. A natureza está repleta de venenos naturais: estricnina, ricina, tetratoxina, oleandrina e aneriantina são apenas alguns exemplos de venenos 100% naturais.
O fato de algo ser natural não significa que não seja prejudicial. Frequentemente, vejo alguém dizendo que está tomando Ginko Biloba, Ginseng, Guaraná em pó ou qualquer outro remédio natural para a memória. Infelizmente, ainda faltam estudos que possam comprovar a eficácia desses remédios. Além disso, o fato de serem naturais não os tornam isentos de contra-indicações (ainda que sejam naturais, continuam sendo compostos químicos). Consulte sempre o seu médico antes de tomar qualquer um desses remédios.

Mito #2 – Álcool destrói neurônios

O alcoolismo realmente é extremamente tóxico para o cérebro. No entanto, em pequenas doses, o álcool pode até mesmo ser benéfico para nossos cérebros. Em uma pesquisa recente, observou-se que o Alzheimer ataca com mais freqüência as pessoas que nunca bebem do que as pessoas que bebem moderadamente. Obviamente, pode ser apenas uma coincidência. No entanto, essa pesquisa ao menos mostra que beber moderadamente não é sinônimo de perda neuronal.

Mito #3 – Neurônios não se regeneram na idade adulta

Por muito tempo, acreditou-se que neurônios não se regeneravam na fase adulta. Ou seja, quando essas células morriam, elas não eram repostas. No entanto, há alguns anos, os cientistas descobriram até mesmo os adultos podem produzir novos neurônios. Além disso, muitos desses neurônios nascem na região do hipocampo (região do cérebro responsável pela consolidação de nossas lembranças). Obviamente, essa regeneração celular é extremamente limitada. No entanto, ela traz esperança de que, no futuro, isso seja uma solução para as doenças degenerativas.

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Exercícios para a concentração - Concentrando-se em seu interior

Espero que estejam gostando dessa série de exercícios para aumentar a capacidade de concentração. Para realizar esse novo exercício, é preciso que você fique deitado de maneira extremamente confortável, procurando relaxar ao máximo todos os músculos de seu corpo. Em seguida, feche os olhos concentre-se no bater do seu coração. Procure não dar atenção a qualquer outra coisa.Procure visualizá-lo mentalmente, concentrando-se na maneira como ele é capaz de bombear sangue para todas as outras partes de seu corpo.

Visualize o caminho percorrido pelo sangue em suas veias e artérias. Procure imaginar o sangue entrando em cada um de seus órgãos. Caso alguma parte de seu corpo esteja cansada ou dolorida, imagine que um suprimento extra de sangue e oxigênio está se dirigindo àquela região, com o objetivo de aliviar a dor e cansaço. Por exemplo, imagine que você trabalhou o dia inteiro digitando em seu computador, ficando com os olhos extremamente cansados. Nesse caso, você pode imaginar um fluxo maior de sangue indo em direção a seus olhos. Alguns mestres Yogues possuem tanto controle sobre esse exercício que são capazes de controlar completamente a pulsação, sendo inclusive capazes de diminui-la ou aumentá-la utilizando apenas a meditação.

Compreendo que ser capaz de controlar os batimentos cardíacos não seja de interesse de todos. No entanto, são inegáveis os benefícios que tais exercícios podem trazer para nossa habilidade em concentrar-se.

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Exercitando a concentração - Técnica da flexão dos dedos


Devido a inúmeros pedidos e e-mails de nossos leitores, resolvi postar mais um exercício para melhorar a concentração. Espero que estejam gostando. Por favor, após a leitura do artigo, não deixem de postar seus comentários! Quem sabe conseguimos criar um debate produtivo sobre o tema? Esse novo exercício funciona da seguinte maneira. Sente-se a uma mesa, com as costas retas, cabeça erguida e ombros para trás. Em seguida, coloque as mãos sobre a mesa, cerrando os punhos e mantendo o polegar dobrado sobre os dedos.Mantenha as costas das mãos viradas para a mesa. Fixe o olhar sobre o punho por algum tempo. Em seguida, estenda o polegar bem lentamente, mantendo toda sua atenção sobre esse ato. Procure concentrar-se nesse movimento como se fosse um ato de extrema importância. Após estender o polegar, procure estender cada um de seus dedos gradualmente, até que tenha estendido todos eles. Terminados esses movimentos, faça o caminho inverso, dobrando cada um de seus dedos gradual e lentamente. Primeiro, faça o exercício com a mão esquerda. Depois, com a direita. Repita a sequência de movimentos até que tenha feito cinco vezes com cada um de suas mãos. Em alguns dias, você será capaz de repetir esse movimento até dez vezes com cada mão.

DICA: Grandes são as chances de que os exercícios acima inicialmente sejam extremamente cansativos e tediosos. No entanto, quem disse que seria fácil? Com o passar do tempo, eles se tornarão cada vez mais fáceis. Não precisaria dizer que a atenção deve ser mantida durante todos os movimentos. Desse modo, procure evitar ao máximo o automatismo. Caso contrário, os exercícios perderão completamente o seu valor. Durante o exercício, não se importe com seus problemas pessoais, tarefas a serem executadas ou distratores externos. Realize a tarefa como se ela fosse a atividade mais importante a ser executada naquele momento.

DICA: Você pode fazer uma variedade de exercícios como estes. O principal é que o exercício deve ser simples e que a atenção precisa ficar concentrada na parte móvel do corpo. À primeira vista, tais exercícios podem parecer inúteis, mas com o passar do tempo você perceberá um controle muito maior sobre seus movimentos musculares e, por conseguinte, na habilidade em concentrar-se.

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Exercitando a concentração - Técnica da Imobilidade

Sente-se em uma cadeira confortável e veja o quanto tempo você consegue permanecer nessa posição, mexendo-se o mínimo o possível. Certamente, não é um exercício tão fácil como parece.Durante o exercício, concentre-se e verifique se não está realizando qualquer movimento involuntário. Inicialmente, procure realizar o exercício por apenas 5 minutos. Com o passar do tempo, você conseguirá aumentar esse tempo para 10, 15 ou até mesmo 20 minutos.

DICA: Procure não contrair seus músculos durante o exercício. O ideal é manter-se imóvel e o mais relaxado o possível durante essa prática. Com o passar do tempo, você passará a sentir-se cada vez mais relaxado após cada uma dessas sessões.


Técnica da imobilidade 2

Sente-se em uma cadeira confortável com a cabeça erguida, queixo para fora e ombros para trás. Em seguida, levante o braço direito até que ele esteja no nível de seu ombro, apontando-o para o seu lado direito. Olhe ao seu redor, movendo apenas sua cabeça e fixe o olhar na ponta de seus dedos, mantendo o braço completamente parado por um minuto. Após esse período, repita o exercício com o seu braço esquerdo. Quando você for capaz de manter o braço perfeitamente estável, aumente o tempo do exercício para 5 minutos com cada braço.

DICA: Durante o exercício, mantenha a palma de sua mão virada para baixo. Desse modo, a posição ficará um pouco mais confortável. Lembre-se também de sempre olhar para a ponta de seus dedos. Assim, ficará mais fácil observar se seu corpo está realizando algum movimento involuntário.

Técnica da Imobilidade 3

Encha um copo pequeno de água. Em seguida, segure-o firmemente, mantendo o braço esticado e direcionado para sua frente. Agora, procure fixar o olhar para a parte superior do copo, sem permitir qualquer movimento no copo. Qualquer movimento involuntário será facilmente identificado pelas pequenas ondulações criadas pela água. Faça o exercício com um braço e depois com o outro.

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A técnica do objeto inesquecível



Como sabem, antes de me tornar o homem-memória, era comum que eu me esquecesse das coisas. Atualmente, sei que muitos desses esquecimentos não eram falhas específicas da minha capacidade de memória e sim, problemas de distração.
Uma distração recorrente ocorria quando ia buscar algum objeto ou documento na casa de alguém. Frequentemente, eu voltava sem trazer o objeto que motivou minha ida até lá. Por exemplo, suponha que fui à casa de alguma de minhas tias buscar um antigo álbum de fotografias da família.Ao chegar lá, aperto a campainha e, após ser atendido, explico o motivo de minha visita “Tudo bem tia? Vim para buscar o álbum de fotografias”. Em seguida, ela me diz para esperar um pouco. Após buscar e me entregar o álbum, ela pergunta: “Você não quer entrar para tomar um café?” Aceito o convite e entro em sua casa carregando o álbum. Para lanchar, deixo o álbum sobre a mesa da sala e me dirijo à cozinha. Enquanto lanchamos, ela menciona que também preciso levar alguns livros para a casa de minha mãe. Após lancharmos, ela me traz os tais livros. Em seguida, pego os livros, me despeço e me dirijo a saída de sua casa. Provavelmente, só me lembraria do álbum de fotografias ao entrar em minha casa e me deparar com algum gatilho de memória que evocasse tal lembrança.
Oras, fui até a casa da minha tia para buscar um álbum de fotografias e volto sem ele. Ao contrário do que se pode imaginar, isso não é uma falha de memória. O esquecimento foi motivado por duas causas distintas:

• Multi-tarefa. Ao realizarmos várias coisas ao mesmo tempo, aumentam as chances de nos esquecermos de algo devido aos pecados de distração ou transitoriedade.

• Interrupção. Ao sermos interrompidos enquanto executamos alguma tarefa, aumentam-se as chances de nos esquecermos. Você provavelmente já se esqueceu do que iria dizer quando algum amigo o interrompeu. Outro exemplo de interrupção acontece quando nos dirigimos a algum cômodo de nossa casa para buscar algum objeto e, enquanto nos dirigimos até lá, o telefone toca. Após atendermos ao telefone, nos esquecemos completamente do que estávamos fazendo.

Elegendo o objeto inesquecível

A técnica é bastante simples: eleja um objeto inesquecível. Esse objeto é especial: ele possui características que não permitem que você se esqueça dele. Em seguida, coloque todos os objetos que não podem ser esquecidos ao lado dele. Voltemos ao exemplo acima, do álbum de fotografias. Eu poderia ter eleito como objeto inesquecível as chaves do meu carro. Ao sair da casa da minha tia, eu inevitavelmente buscaria as chaves do carro. Ao me deparar com as chaves, veria o álbum e o buscaria.
Quando eu não possuía uma memória brilhante, eu sempre me esquecia de buscar alguma roupa ou até mesmo o celular no meu escaninho do vestiário. O motivo do esquecimento é claro: a utilização do escaninho não é diária. Desse modo, os pecados de transitoriedade e distração possuem mais chance de ocorrerem. Atualmente, utilizo essa técnica quando vou à academia e preciso guardar alguma coisa no meu escaninho. Ao colocar algum objeto no armário, eu sempre coloco algum objeto inesquecível: as chaves do carro ou de casa. Assim, ao sair da academia, me lembro de buscar as chaves e, consequentemente, acabo me lembrando de buscar tudo o que deixei em meu armário.
Lembre-se: até mesmo o campeão de memória utiliza de estratégias externas de lembrança.

Cuidado com os pacotes!

Ainda me lembro dos problemas que já tive ao lidar com muitos pacotes. Frequentemente, me esquecia de algum deles sobre algum balcão. A dica é simples: jamais separe esses pacotes. Caso precise colocar algum deles sobre algum balcão, coloque todos de uma vez. Caso você não os separe, maiores são as chances de que você consiga se lembrar de onde os deixou. Se possível, utilize a técnica do objeto inesquecível.

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Super-memória para nomes e rostos!

Você tem dificuldades para memorizar nomes e fisionomias? Veja o poder das técnicas que utilizo para a memorização de nomes e rostos!

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