terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Autossabotagem - Parte 2

(Gostou do artigo? Detestou? Comente!!!)

Essa é a segunda parte de uma série de artigos sobre autossabotagem. Para ler o primeiro artigo, clique aqui.

Para algumas pessoas, fazer algum projeto no último minuto é o que elas precisam para terminá-lo em tempo recorde. Para essas pessoas, os últimos minutos do prazo parecem descarregar uma verdadeira injeção de adrenalina em seu sangue, tornando-as verdadeiras máquinas na execução de suas tarefas. O mais incrível é que essas pessoas acabam, por muitas vezes, por fazer um excelente trabalho: quem nunca se espantou com algum colega que fez algum artigo científico ou até mesmo um livro inteiro de altíssima qualidade e em tempo recorde? Talvez, até mesmo você já se viu às voltas com a motivação que o trabalho em última hora é capaz de lhe dar. Quem nunca se viu estudando alguma matéria com a qual teve pouquíssimo contato, das 21:00 às 05:00, para realizar uma prova sobre ela às 08:00 do mesmo dia?

No entanto, nem tudo são flores quando se trata de realizar atividades na última hora. Ao trabalhar na última hora (ou até mesmo na última semana ou mês, caso a atividade seja enorme como uma tese de mestrado ou escrever um livro), diversos problemas podem surgir. Por exemplo, imagine que nos últimos minutos de seu prazo você descobre um erro envolvendo o cerne de seu trabalho acadêmico ou artigo científico. Nesse caso, você estaria completamente impotente em relação à esse problema. À seguir, veja alguns problemas decorrentes do vício de última hora.


• Ao trabalhar com prazos muito curtos, você aumenta a probabilidade de cometer algum erro.
• Enquanto você trabalha em seu projeto, podem surgir imprevistos que diminuirão ainda mais seu tempo, prejudicando não apenas a qualidade do projeto, mas também a sua habilidade em lidar com esses possíveis imprevistos.
• Ao trabalhar com prazos muito curtos, você não terá tempo para corrigir seus erros ou, até mesmo, descobrí-los.


Prefere ganhar um ou dois doces?


Se você oferecer um doce para uma criança muito nova e disser: “Olha, posso te dar esse doce agora, mas se você esperar 15 minutos, lhe dou dois doces iguais a esse”. Parece estúpido, mas a criança escolherá receber o doce imediatamente, em vez de esperar 15 minutos para receber dois doces. Infelizmente, esse imediatismo não é exclusividade das crianças. Imagine que você está estudando para um concurso que nem teve seu edital publicado ainda. Durante sua sessão de estudos, o telefone toca: seu melhor amigo lhe chama para passar o final de semana no sítio. De maneira semelhante à da criança que prefere receber apenas um doce, você se autossabota: “Ah, mas o edital desse concurso nem saiu ainda! Ainda tenho muito tempo para estudar”. Ainda que passar no concurso seja sua prioridade, o prazo enorme lhe permite se autossabotar.

Dividir para conquistar

Uma estratégia eficiente para evitar a autossabotagem para projetos de prazo muito longo, é dividi-lo em pequenos projetos, com prazos arbitrários para a execução de cada um deles. Por exemplo, suponha que você pretende estudar Direito Constitucional, para obter uma base sólida em sua preparação. Estabelecer metas diárias envolvendo o material a ser estudado (páginas da apostila, capítulos, artigos...) é uma maneira eficiente de se evitar a autossabotagem. Além de evitar a autossabotagem, você também permite que o gradiente de meta atue em seus estudos.

6 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado pelo excelente trabalho que vc realiza e disponibiliza sem nada cobrar, precisamos de mais pessoas como vc, tenho me interessado muito por tecnicas de memorização desde que encontrei um livro sobre isso do Harry Lorayne (não sei se é assim que escreve) Como obter uma memoria super poderosa, e desde então pratico e acompanho suas apresentações na tv, que me serve de verdadeiro incentivo, obrigado! Luiz Gustavo.

PP disse...

Já pratiquei a autossabotagem várias vezes. Na maioria das vezes eu me sai bem mas na última não. Uma professora da universidade pediu uma revisão bibliográfica de três autores brasileiros com livre escolha com o prazo de um mês. E eu só fiz na ultima semana. Procrastinei diversas vezes nesse período. Nunca mais faço isso. Prometi a mim mesmo a nunca mais deixar nada para a última hora. =)Espero não me trair!

André disse...

É incrível como é difícil não se autossabotar quanto se está envolvido em múltiplos projetos que envolvem esforços com "base zero". Se você tem que fazer um monte de coisas que já fez antes, ou que já foram começadas, ou para as quais você já tem uma base, parece ser muito mais fácil evitar a autossabotagem. Por outro lado, quando são tarefas novas para você, parece que a autossabotagem é quase impossível de evitar. Tanto quanto conhecer as técnicas, acho que é imprescindível termos uma forte resolução com relação às coisas que começamos ou coisas que devemos fazer, para que consigamos finalizar todas elas.

Como de costume, excelente artigo. Continue com o bom trabalho =).

Alberto Dell'Isola disse...

Obrigado a todos pelos comentários e contribuições!

Abraços a todos!

Diogo disse...

Bem, é como eu disse no comentário do post anterior, eu não consigo!
Na verdade eu sou assim para tudo'
Quando tenho uma enorme vontade de fazer alguma coisa tomo a iniciativa, mas depois vai 'morgando'(como se perdesse a graça).

Ei, Alberto, sei que você já falou muito sobre metas de estudo
mas, ao ver os mapas mentais da Valéria, fiquei imaginando que você poderia fazer alguma coisa parecida. Não um mapa mental, mas sim montar um exemplo de como organizar nossas metas de estudo semanais
(no meu caso, pro exemplo, estou estudando para o vestibular e para qualquer concurso nível médio/técnico, ou seja, todas as matérias colegiais).
Bem, fica a dica.
Abraço!

Vinicius Pinheiro Melo disse...

Excelente. As suas aulas e dicas estão sendo de uma importância IMPAR para a minha preparação. Agradeço imensamente. Você demonstra uma preparação e conhecimentos incríveis.

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