quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Memorização de nomes e rostos - PARTE II

Já conheço alguém com esse nome

Apesar de não ser uma técnica de fácil aplicação nos campeonatos de memória, é bastante útil em nosso dia-a-dia (aliás, muitos de nós já a utilizamos diariamente). Observe uma coisa: já reparou como dificilmente nos esquecemos do nome de pessoas que possuem o mesmo nome de pessoas muito próximas a nós? Por exemplo, suponha que você acaba de ser apresentado a alguém que possui o mesmo nome de sua mãe. Provavelmente, esse fato lhe chamará a atenção (você talvez até comente sobre isso em voz alta) e fará você recordar do nome dessa pessoa posteriormente.
Toda vez que você for apresentado a alguém que já possui o mesmo nome de alguém que você já conheça, crie uma forte associação visual entre essas duas pessoas. Por exemplo, suponha que seu parceiro de tênis se chama João. Nesse caso, vamos imaginar que você acaba de ser apresentado a outra pessoa que também possui esse mesmo nome. Assim, para memorizar o nome, bastará que você crie uma associação visual entre os dois joãos. Por exemplo, você pode imaginar que os dois são parceiros de tênis e, mentalmente, visualizar uma cena em que os dois jogam tênis. Insta salientar que simplesmente pensar “Ah, ele é parceiro de tênis do João que já conheço” não é o suficiente. Ao criar mentalmente uma cena, mais gatilhos de memória serão ativados. Uma outra dica para a elaboração dessa associação visual: utilize um ambiente como gatilho para o próprio nome. Voltemos ao exemplo do João que possui o mesmo nome de seu parceiro de tênis. Se você ambientar a sua associação visual em um ambiente que possui um gatilho para o nome “João”, a técnica funcionará melhor. Por exemplo, você se lembrará mais facilmente da cena e do respectivo nome se ele for ambientado em um local que seja próprio do João, jogador de tênis. Nesse caso, imaginar que ambos jogam tênis na casa do João que você já conhecia será uma associação mais poderosa que simplesmente imaginar que eles jogam tênis em um lugar qualquer.
Vamos a outro exemplo. Você acaba de conhecer uma linda garota chamada Valéria. Suponha que você possui uma prima chamada Valéria e que é advogada. Nesse caso, você pode imaginar que as duas Valérias estão na casa da
Valéria que você já conhecia, realizando algum trabalho típico da advocacia. Assim, teremos criado dois gatilhos para o nome a ser memorizado: a profissão e o local.

NOMES DESCONHECIDOS


Nomes com significado embutido


Muitas vezes somos apresentados a nomes desconhecidos, mas que têm um significado muito bem definido. Nomes como Rosa, Elmo, Machado ou Íris podem ser facilmente visualizados. Vamos supor que você acaba de conhecer a Dona Íris. Infelizmente você não conhece ninguém chamado Íris. Sem problema! Basta que você observe-a e faça um julgamento! Essa nova pessoa parece com alguém famoso? Essa pessoa se encaixa no estereótipo de alguma profissão? Caso afirmativo, pense na primeira localização que lhe vier à mente. Pode ser um estádio de futebol, uma boate ou até mesmo um hospital. O importante é que você escolha a primeira localização que lhe venha à cabeça. Caso essa pessoa seja desinteressante e facilmente esquecível, use o local do primeiro encontro como sua localização.
Agora que já temos uma localização (um forte gatilho de memória), basta que você crie uma imagem envolvendo a pessoa em questão, o seu nome e o local determinado. Assim, supondo que Íris se pareça com uma atriz, você poderia imaginar Íris (pessoa apresentada) lutando com um olho gigante (Íris) em um set de filmagem (local).

Rosto da pessoa  Set de filmagem  Pessoa brigando com um olho gigante  Íris

Nomes sem significado

Infelizmente ao sermos apresentados a nomes desconhecidos, nos deparamos com nomes que não nos remetem a imagem alguma. Certos nomes, como Bernardo ou Jonathan, não são facilmente visualizáveis. Nesse caso, devemos dar um significado ao nome. Substitua-o por uma palavra que foneticamente seja semelhante, mas que seja fácil de imaginar. Ex: Iolanda, substitua por io-iô, Leonardo por leopardo... Se você substituir um nome por um substantivo que seja a primeira sílaba do nome, o método também funciona. Ex: Paulo por pau, Renata por Rena e assim por diante. A escolha da palavra a substituir o nome é algo bem pessoal. Assim sendo, suas escolhas podem não combinar com a minha. Mas não importa. O efeito é o mesmo. O importante é utilizar alguma sílaba do nome para funcionar como um gatilho de memorização.
Sei que pode parecer bizarro ou até mesmo infantil, mas essas técnicas realmente funcionam. Políticos muito populares como Paulo Maluf ou John Kennedy são mestres em utilizar esses métodos. Ao sabermos os nomes das pessoas, rapidamente saímos do patamar de conhecidos para nos tornar amigos delas. O próprio nome é a melhor música que poderíamos ouvir em uma conversa.

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