domingo, 20 de julho de 2008

Meditação para concursos

Inicialmente, pode-se criar alguma resistência em alguns leitores, por crerem que tal prática tende a um certo misticismo, quando, na verdade, a meditação visa apenas a saúde mental, independente de qualquer religião que você professe.

Se você já é concurseiro de longa data, provavelmente já passou por aquele momento de haver estudado toda a matéria, e de fato sabê-la, mas, na hora do concurso, o nervosismo foi o seu maior inimigo, impedindo-o de fazer uma boa prova.


Portanto, a calma e a tranqüilidade são elementos essenciais na hora da realização de uma prova, aliado, obviamente ao estudo qualificado.

Conforme dito anteriormente, o presente estudo não visa a prática de nenhum liame religioso ou espiritual, mas um trabalho com a mente, realizado dia após dia, para se obter um melhor desenvolvimento da concentração, atenção e consciência nos momentos de pressão. Vale lembrar que as maiores mentes da humanidade faziam uso da meditação, entre eles: Jesus Cristo, Buda, Lutero, Shakespeare, Maharishi Mahesh Yogi, entre outros. Inclusive, esse último, considerado o pai da meditação transcendental, não apresentava a meditação como hindu ou indiana, mas como algo que toda a humanidade pudesse praticar sem renunciar a sua própria religião. A principal mensagem dele era a meditação como redução do estresse e preparação das pessoas para assumirem suas próprias vidas. O último desejo de Maharishi era o de conseguir um mundo ideal, no qual todos seriam felizes seguindo uma ordem natural.

Nesse sentido, abstemo-nos de cultivar qualquer prática religiosa ou mística da meditação, e, estudá-la-emos cientificamente, praticando-a em prol do sucesso nos concursos.

Mas afinal de contas, o que é meditação?

A palavra meditação vem do Latim, meditare, que significa voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si. Em sânscrito, é chamada dhyana, obtida pelas técnicas de dharana (concentração). Consiste na prática de focar a atenção, freqüentemente formalizada em uma rotina específica. Há dados históricos comprovando que ela é tão antiga quanto a humanidade.

O foco de nossa atenção, durante toda a prática da meditação, será o concurso o qual o leitor irá se submeter.

Para que meditar?

O leitor pode estar se perguntando: se tenho tantas coisas a estudar para o concurso, para que hei de perder o meu tempo meditando, enquanto poderia estar estudando?

A resposta é simples: de nada vale todo o conhecimento técnico se não houver calma e atenção na hora da prova. Portanto, não adianta devorar livros e apostilas, se durante a prova o nervosismo toma conta de todo o ser.

Além do que, estamos sempre envoltos e sujeitos aos pequenos problemas em nosso dia a dia e quando menos esperamos surgem os grandes problemas. Ocorre que, na preparação para o concurso, os problemas pessoais – sejam eles grandes ou pequenos – não devem atrapalhar nos estudos. Não proponho que o leitor feche os olhos para os problemas que o cercam, mas que resolva os que forem possíveis de resolver, e não se deixe mergulhar nos insolucionáveis. E mais: entregar-se aos problemas traz ao inconsciente uma saturação de pensamentos deprimentes, angústias, medos, sentimentos negativos, atraindo dessa forma, manifestações perturbadoras que nos deixam em total desequilíbrio emocional. Com tudo isso, adeus concurso!

No treinamento vivencial de meditação, você entrará em contato e perceberá as sutilezas que acontecem em seu corpo físico, em sua emoção e em seus pensamentos a partir de diversos estímulos e técnicas. Haverá momentos de reflexão, questionamentos e exploração do estado meditativo, de quem você é e de como lidar com os incômodos, resistências e desafios impostos por você em seus estudos.

Dentre os benefícios da meditação, podemos citar:

• descanso físico, mental e emocional;

• aumento da capacidade de concentração;

• alívio do estresse;

• desenvolvimento da capacidade de auto-controle;

• desenvolvimento da presença e serenidade no dia-a-dia;

Por que é tão difícil meditar?

Para meditar é preciso manter um fluxo ininterrupto de atenção no foco de concentração. Em nossa vida corrida, dificilmente desvinculamo-nos de todos os nossos anseios, nossas preocupações e vicissitudes humanas. Na vida moderna, há o agravante da falta de tempo, um programa interessante na televisão, o trabalho desgastante, o incessante ritmo de estudo, o sono, entre outros fatores.

Mas por que não dispomos de alguns minutos diários para praticar algo que vai nos trazer um grande ganho qualitativo? Insta salientar que estes ganhos podem ser em várias áreas de nossa vida, mas, aqui, focamos no concurso. Logicamente, a prática da meditação pode ser utilizada para uma melhor qualidade de vida com um todo.

Outra dificuldade está na simplicidade da meditação. Sim, porque as coisas simples da vida são difíceis, visto que exigem tranqüilidade, perseverança e confiança.

Provavelmente você, nas primeiras práticas de meditação, peque em um/uns desses requisitos acima citados. Com o tempo, todavia, a praticidade levará ao aperfeiçoamento.

Como meditar?

Recolha-se em um local tranqüilo e sente-se confortavelmente.

Uma possível posição é a posição de lótus completo, em que o pé esquerdo é apoiado sobre a coxa direita e o pé direito é apoiado sobre a coxa esquerda. Há pessoas que não conseguem se sentar nessa posição, portanto, podem sentar-se de maneira japonesa, ou seja, com os joelhos dobrados e o tronco apoiado sobre ambas as pernas. Pondo alguma espécie de acolchoado sob os pés, a pessoa pode facilmente permanecer nessa posição por hora ou hora e meia.

Ocorre que, aos iniciantes, convém não ficar sentado mais do que vinte ou trinta minutos, pois, pode ser que o tempo prolongado cause alguma dor ou desconforto.

Deve-se manter as costas eretas, mas não rígida. O pescoço e a cabeça devem ficar em alinhamento com a coluna. Os olhos devem ficar semi-abertos ou fechados. Relaxe os músculos do rosto. Solte todos os músculos dos dedos, braços e pernas.

Aos poucos, desvincule-se de todo e qualquer pensamento que venha à sua mente. Você deve focalizar-se em sua tranqüilidade e paz de espírito.

Concentre-se unicamente em sua respiração, que deverá ser a respiração diafragmática. Por natureza, inspiramos pelo nariz e expiramos pela boca, utilizando os pulmões. A maioria das pessoas respira muito raso, usando somente os ombros/clavículas e a caixa das costelas para inflar e exalar. Na respiração diafragmática, o ar também entra pelo nariz e sai pela boca, porém fica uma parte de ar retida na porção inferior dos pulmões (cerca de 30%), parte esta geralmente não utilizada, pois a musculatura diafragmática os comprime, fazendo com que essa pequena área não seja aproveitada.

São inúmeros os benefícios trazidos pela respiração diafragmática, dentre os quais podemos destacar:

· A respiração diafragmática retarda o processo de queima de oxigênio, desacelerando os batimentos cardíacos e,

· o mais importante, energiza o corpo, regulariza a força vital, formando uma espécie de camada protetora, dificultando o contágio de doenças que debilitam o sistema imunológico.


A respiração com o diafragma faz com que o oxigênio que entra se concentre, energizando esse local. Posteriormente essa energia é transferida para os demais órgãos do corpo, como o cérebro, coração, intestinos etc., regularizando e equilibrando o sistema emocional humano.

Agora, comece a concentrar essa energia em cada parte de seu corpo, visualizando-a sendo banhada por uma onda de luz azul.

A cor azul tem um significado muito interessante, pois, produz segurança, compreensão, propicia saúde emocional e simboliza lealdade, confiança e tranqüilidade. Todas essas benesses são extremamente importantes na hora do concurso, portanto, utilizemo-nos do recurso da luz imaginária em cor azul.

Imagine essa luz azul percorrendo todo o seu corpo, seja aquecendo, refrescando ou formigando. Primeiramente comece pelos seus pés, sentindo os dedos, a planta dos pés, os calcanhares, tornozelos, os dorsos. Quando seus pés estiverem totalmente relaxados, suba para as pernas; nas pernas, sinta a luz passar pela panturrilha, subindo dos tornozelos até os joelhos, relaxando os músculos dessa região; a luz azul sobe pelas coxas, no sentido dos joelhos até o quadril; toda a área interna da coxa deve estar relaxada, sem contrair os músculos dessa região do seu corpo; em seguida, percorra toda a área dos quadris, nádegas e genitália; proceda da mesma forma subindo pelo abdômen, tórax e órgãos internos; quando percorrer as costas, comece pela base da coluna e suba até o pescoço, sentindo as vértebras da coluna serem invadidas por esta luz azul; percorra os braços, dos dedos das mãos aos ombros, passando pelos cotovelos, ombros, até chegar ao pescoço; sinta a luz percorrer todo o pescoço, as cordas vocais, o esôfago; ao penetrar na região da cabeça, sinta a luz subindo do queixo, passando pelo maxilar, lábios, nariz, maçãs do rosto, olhos, orelhas, pálpebras, testa até chegar no alto da cabeça.

Neste momento, todo o seu corpo deve estar inteiramente relaxado.

A respiração, insta salientar, deve continuar no ritmo diafragmático, de modo suave e contínuo.

Imagine um ponto de luz (apenas um ponto) entre suas sobrancelhas. Focalize esse ponto por alguns instantes.

Mentalize, juntamente com o ponto de luz, seu objetivo, qual seja, o de passar no concurso público.

Esse ponto de luz começa a crescer, e se transforma em uma porta; você, então, adentra a essa porta, cujo feixe de luz ofusca a visão.

Ao atravessar a porta de luz, imagine, que você está em casa, relaxado e extremamente tranqüilo e confiante; é o dia de sua prova de concurso; você já estudou o suficiente, portanto, não há preocupações a lhe atormentar; você, então, inicia uma caminhada em um local que lhe apeteça, seja uma avenida próxima à sua casa, seja um parque, uma praia, enfim, o local fica a seu critério; enquanto caminha, uma música suave toca aos seus ouvidos; enquanto caminha, pensa na beleza da vida, curte cada momento e respira o aroma da manhã; após a caminhada, você volta para casa, faz uma refeição leve e saborosa e relaxa novamente; chegada a hora de ir para o concurso, você sai de casa tranqüilo, percorrendo o caminho que o levará até o local; você está extremamente confiante; ao chegar na sala onde será o concurso, você assenta-se no seu lugar e recebe a prova; ao abrir o caderno de questões, você sabe todas as respostas de todas as questões, e começa a responde-las como se não houvesse mais ninguém na sala; todas as respostas fluem tranquilamente, e toda a sua concentração está focada nos acertos; ao terminar a prova, você é aprovado no concurso; mentalize isso por alguns instantes.

Ao levantar, você entrega o gabarito, ciente de que foi aprovado, e, ao sair pela porta da sala, percebe que é a mesma porta de luz ofuscante pela qual você adentrou nesse campo imaginário.

Aos poucos você atravessa essa luz e focaliza o ponto de luz azul no centro de suas sobrancelhas, voltando ao status quo.

O ponto de luz azul no centro da testa vai diminuindo de tamanho, aos poucos, até desaparecer por completo.

Devagar, você retoma consciência do local onde você está, de seu corpo, de sua mente, respirando profundamente, até decidir quando abrirá completamente os olhos.

Ao abrir os olhos, continue com o pensamento positivo de aprovação no concurso, ou seja, internalize esse objetivo. Mesmo quando não estiver meditando, seja confiante.

O ideal é que se pratique a meditação todos os dias, começando a prática com o maior tempo de antecedência possível anterior ao concurso. Se você deixar para meditar apenas na véspera da prova, não terá grandes ganhos no relaxamento oferecido pela meditação.

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terça-feira, 15 de julho de 2008

Metas de estudo bem definidas

A definição de metas de estudo é primordial. Diversas experiências já demonstraram que é muito mais fácil executar tarefas quando temos alguma meta ou objetivo bem definidos. Desse modo, quanto mais próximos estamos desse objetivo ou modo, mais rapidamente executamos nossa tarefa. Joyce Brothers, famosa psicóloga dos anos 50, costumava dizer que uma meta bem definida se parece com um imã: quanto mais perto o imã se encontra de um pedaço de metal, mais forte será a atração. Qualquer que seja a tarefa que você deseja fazer, você trabalhará de maneira mais eficiente e eficaz conforme for se aproximando do final da tarefa. Ou seja, quanto mais próximo do final da tarefa, mais rápido você trabalhará e sujeito a menos erros.

Uma experiência realizada sobre esse assunto, teve como objeto de estudo um grupo de fazendeiros em um campo de trigo. Nesse grupo, todos eram igualmente capacitados para maneja uma foice e ceifar o trigo de maneira adequada. Dividiu-se os fazendeiros em dois grupos, cada qual trabalhando em um lado oposto do campo de trigo. Os dois lados do campo de trigo eram idênticos na forma e área, diferenciando-se apenas na existência de bandeiras vermelhas de dez em dez metros, ao lado de um dos campos.

Os dois grupos começaram a ceifar o trigo no mesmo instante e velocidade. No entanto, verificou-se que o grupo que trabalhava no lado do campo marcado por bandeiras, trabalhava muito mais depressa. Além disso, quanto mais perto estavam de uma das bandeiras, maior era a rapidez e eficiência do serviço.

Para verificar a fidedignidade dos dados obtidos, a experiência foi repetida no dia seguinte invertendo-se os dois grupos. Dessa vez o segundo grupo, agora trabalhando no lado que continha as bandeiras, saiu-se bem melhor que o primeiro.

Assim, verificou-se o poder que as metas têm sobre os individuos durante a execução de uma tarefa. Isso acontece porque sentimos certa exaltação ao percebermos que estamos nos aproximando de nossa meta. Desse modo, passamos a trabalhar de maneira ainda mais eficiente em direção à meta definida inicialmente.

Essa motivação no curso de aproximação de nossas metas, já foi observada experimentalmente em ratos treinados a percorrer um labirinto em busca da saída. Esses ratos eram capazes de eliminar mais rapidamente as passagens sem saída no fim do labirinto que as passagens perto da entrada. Desse modo, ao atravessarem o labirinto, os ratos andam cada vez mais depressa, à medida que vão se aproximando da saída. Esse aumento de velocidade, devido a proximidade da meta, é conhecido como gradiente de meta.

Um exemplo comum de como opera esse gradiente de meta ocorre nas filas para shows de alguma banda conhecida. Dependendo da popularidade da banda, o público costuma chegar bem mais cedo que o horário de início do espetáculo. Todos esperam calmamente, até que a hora do show começar vai se aproximando. Quando a hora do show começar vai se aproximando, as pessoas começam a se comprimir perto da entrada – embora saibam que não vão poder entrar naquele momento. Isso é um exemplo do gradiente de meta funcionando, enquanto o alvo se aproxima.

Como utilizar o gradiente de metas para estudar?

Na véspera de sua seção de estudos, é importante que você defina de maneira bem específica quais suas metas de estudo para o dia seguinte.

Exemplos de metas bem definidas diárias:

• Estudar física até o final do capítulo 10
• Terminar todos exercícios de matemática sobre funções quadráticas
• Estudar a apostila de direito constitucional até a página 120.

Perceba que, durante sua sessão de estudos, ao se aproximar de cada uma dessas metas, sua eficiência apenas aumentará – mais uma vez o gradiente de meta estará funcionando em seu favor. No entanto, é preciso que você seja bem específico ao criar suas metas diárias de estudo. Caso incorra nesse erro de não ser específico, o gradiente de meta dificilmente funcionará a seu favor, já que você nunca saberá se realmente está terminando a tarefa.

Exemplos de metas mal definidas diárias:

• Estudar física.
• Ler sobre constitucional.
• Resolver exercícios de matemática.

Repare que essas metas não permitem que o gradiente de meta atue em seu favor: como saber se você já está terminando de estudar física ou de ler sobre constitucional se você não determinou o ponto em que essa tarefa iria terminar?
Defina bem suas metas diárias de estudo e torne o gradiente de meta seu grande companheiro na sua vida de estudante ou concurseiro.

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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Chicletes e a memória

Será que perdemos uma boa chance de melhorarmos nossas notas na escola e lembrar com mais facilidade de datas e números de telefone?

Durante todos esses anos, nós temos punido as crianças por mascarem chiclete em sala de aula. Um estudo feito na Inglaterra, na Universidade de Northumbria provou que as pessoas que mascavam chiclete (independente do sabor) durante 25 minutos tiveram uma pontuação melhor do que o outro grupo que fingiu mascar ou não mascou. O coração dos mascadores de chiclete batia mais rápido. A conclusão é a de que o batimento acelerado enviava mais sangue arterial ao
cérebro. A segunda teoria é a de que a mascação estimulou o fluxo de insulina no cébro e a insulina estimula a memória.

Já sabia que o chiclete tirava a tensão, mas nunca ouvi falar desse estudo. Bem, não custa nada levar uns chicletes pra provas não é?

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