sexta-feira, 4 de julho de 2014

Hipnose - Delírios e Alucinações

Em apresentações públicas de hipnose, é possível provocar delírios e alucinações nos sujeitos durante o transe. À seguir, entenda o significado de cada um desses conceitos. Alucinações são experiências sensoriais falsas criadas pelo cérebro. Apesar de parecerem reais, não existe qualquer estímulo externo responsável por sua criação.
Elas podem ocorrer em qualquer um de nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato ou gustativo. Além disso, as alucinações podem ser positivas (perceber algo que não existe) ou negativas (deixar de perceber algo que existe). Por exemplo, suponha que alguém esteja experimentando uma alucinação auditiva positiva. Nesse caso, essa pessoa vai ouvir um som que não existe. Por outro lado, suponha que alguém esteja experimentando uma alucinação auditiva negativa. Nesse caso, ela estará deixando de ouvir um som que existe no ambiente em que ela se encontra. 

Apesar de semelhantes, os delírios possuem uma natureza distinta das alucinações. Ao contrário das alucinações, os delírios são interpretações incorretas da realidade externa. Ou seja: eles surgem a partir de elementos que existam no ambiente. Para ficar um pouco mais claro, vamos a um exemplo: suponha que você tenha acabado de assistir a um filme de terror e esteja muito assustado. Após apagar as luzes e deitar na sua cama, você tem a impressão de estar vendo um vulto que lhe observa em sua janela. Você se assusta, acendes as luzes e percebe que tratava-se apenas de um passarinho. Nesse caso, seu cérebro criou algo irreal (o vulto) a partir de um elemento real (o passarinho).

A hipnose permite que o hipnotista sugira alucinações e delírios. No entanto, como você deve imaginar, é muito mais fácil sugerir delírios do que alucinações. Por exemplo, suponha que você deseje sugerir ao sujeito a existência de uma cobra. Nesse caso, é mais fácil você sugerir que uma mangueira é uma cobra (delírio) do que simplesmente sugerir que exista uma cobra em um ambiente vazio (alucinação). Aliás, quanto mais parecido os objetos reais forem de seus respectivos delírios, mais fácil será instalar a sugestão no sujeito. Por exemplo, suponha que o sujeito esteja em transe e você deseja sugerir algum delírio envolvendo um copo d’água. Nesse exemplo, se você sugerir que o copo d’água é um copo de Coca-Cola ou um copo de Sprite, você estará sugerindo um delírio (afinal, a imagem será criada a partir de algo que já existe, o copo d’água). No entanto, devido ao fato de a água e o Sprite serem transparentes, será mais fácil sugerir que é o copo é de Sprite do que de Coca-Cola.
            
Além disso, a prática tem me sugerido que as alucinações negativas são mais fáceis de serem sugeridas do que as alucinações positivas. Ou seja, costuma ser mais fácil sugerir que algum objeto está invisível (uma alucinação negativa) do que sugerir a existência de algo (uma alucinação positiva).

            
Assim, compreendendo essas distinções, ficará mais fácil de você criar suas próprias sugestões.

Um comentário:

2167a disse...

eh possivel estabelecer o processo contrario? ou desfazer um delirio sonoro do cerebro ?

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