quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Aprendendo a Sublinhar - Parte 1

Foi com muita honra e felicidade que aceitei o convite do nosso Campeão da Memória para escrever uma coluna semanal neste blog. Em primeiro lugar, pela seriedade e dedicação do Alberto em ajudar as pessoas a desvendarem os caminhos da memorização e dos estudos em geral.Em segundo lugar, por descobrir que posso ser útil e colaborar de alguma forma nessa empreitada. E por fim, pela consideração e amizade que guardo por Valéria e Alberto, que para mim sempre foi um grande exemplo, bem como o principal motivador de meus estudos sobre as técnicas de estudo e memorização.

Deixando de lado confetes e serpentinas, vamos ao trabalho!

Decidi abordar um tema bastante problemático para a maioria dos estudantes, principalmente por conta da ausência de ensinamentos mais objetivos e práticos sobre o tema. Estou falando sobre como sublinhar! Compartilharei com vocês algumas experiências e reflexões sobre o tema, para que você possa ser capaz de proceder tais destaques de forma consciente e criteriosa.

Por que sublinhamos tanto?

Quantas vezes, após algumas horas de estudo, percebemos que sublinhamos quase todo o texto estudado? Por que olhamos com tanta admiração para aqueles materiais cheios de sublinhados, rabiscos e anotações pessoais em seu conteúdo?

Simples. A impressão que temos, ao nos depararmos com um material assim, é a de que houve um comprometimento do estudante com o conteúdo do material, uma efetiva interação com o texto, uma reflexão profunda acerca do tema estudado.

Sob essa perspectiva, o estudante acaba compreendendo os destaques e anotações no texto, como sendo sinônimos de um estudo efetivo. Dessa forma, em sua mente, quanto mais “alterado” o texto estiver, maior será a sensação de que foi realizado um estudo atento e profundo sobre ele.

Contudo, essa sensação é perigosíssima para o estudante e muitas vezes falsa!

É fato a necessidade do estudante de visualização de algum resultado concreto de seus estudos, um feedback. E essa necessidade o levará a criar a perigosa associação no seguinte sentido: destaque = estudo efetivo.

Com base nessa idéia, haverá uma enorme tendência do estudante em destacar o máximo possível de idéias e expressões do texto, ou mesmo de parágrafos inteiros, pela simples satisfação daquela necessidade.

O problema é que essa tendência levará o estudante a automatizar o seu ato de destaque, levando-o a destacar praticamente tudo aquilo que lê, sem critério, muitas vezes sem atenção e o que é pior, sem a mínima compreensão do material estudado!

Quantas vezes sublinhamos grandes trechos de nosso material, simplesmente por sublinhar? Qual o nosso objetivo quando sublinhamos os textos estudados? Qual o critério que utilizamos para julgarmos o que é importante ou não?

Todas essas questões precisam ser respondidas, para que possamos realizar destaques conscientes e funcionais para os nossos estudos.

Por enquanto, a dica é que você comece a se policiar quanto aos destaques a serem realizados. Adiantamos que a economia e o comedimento são as palavras de ordem. Para isso, remetemos o leitor à outra matéria deste blog: “Como usar o grifa-textos”, que ajudará bastante nessa empreitada.

Bem, na próxima semana começaremos a responder às perguntas formuladas anteriormente. Iniciaremos falando sobre qual o objetivo do destaque: Por que sublinhamos?

Abraços Turbinados e até lá!

Allan Magalhães

Allan Magalhães é advogado e um dos fundadores do ITC - Instituto Turbinando o Cérebro e escreve todas as quartas no Blog Super-memória!

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente matéria. Esou curioso com as partes seguintes que solucionarão esse enorme problema de nós esudantes

Anônimo disse...

Excelente assunto a ser abordado tendo em vista esse enorme problema de nós estudantes. Na expectaiva para os próximos capíulos.

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